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Quem nunca batalhou muito para conseguir algo que queria e quando chegou lá pensou: "Nooooosssssaaaaa! Poderia ser muito mais simples se eu tivesse feito isso ao invés daquilo". Sábios são aqueles que reconhecem que não sabem de tudo e recorrem para os aprendizados de outros! E mais sábios ainda são aqueles dispostos a compartilhar e a conduzir esse processo!

Não só saiba aprender com seus próprios erros e acertos, saiba aproveitar os dos outros também.

Essa a base do processo de #mentoria e o #mentor é o guia nessa jornada!

Ser mentor é uma tarefa nada fácil! Requer não só expertise nos assuntos referentes à mentoria, mas também olhar atento e curiosidade genuína sobre o momento de outra pessoa. Para se conduzir essa jornada não existe uma fórmula infalível, tudo depende muito de como se dá a interação entre mentor e mentorado. Entretanto, estabelecer um processo ajuda muito a potencializar os seus benefícios e evitar que os encontros virem só mais um bate papo ao léu. Se você virou mentor e precisa de uma mentoria sobre o assunto, vem comigo que vou compartilhar um pouco do meu processo!



#1 - Se conecte, compreenda e acolha o seu mentorado

A mentoria é um processo de troca e para que isso aconteça é importante que mentor e mentorado criem confiança entre si. Não basta só que o mentor conheça bem o mentorado, o oposto precisa acontecer também. As primeiras sessões da mentoria precisam gerar um prazer mútuo em ambos de se encontrarem e uma vontade de seguir se encontrando. Nesta etapa é essencial usar e abusar da vulnerabilidade, o mentor não esta em uma posição superior a do mentorado, apenas numa mais experiente! Ambas as partes no mesmo patamar deve gerar a identificação necessária.

Essa etapa pode ser conduzida de maneira informal num bate papo ou com o auxílio de algumas técnicas. Lembrando que você como mentor deve ter um olhar investigativo e estar disposto a entender ao máximo seu mentorado para adotar a melhor abordagem nas próximas etapas. Abaixo trago alguns exemplos de dinâmicas que podem ser usadas e que ambos realizam (mentor e mentorado):



#2 - Ajude o mentorado a identificar os seus objetivos

Algumas vezes as pessoas possuem muita dúvida do que realmente querem ou precisam. Nesses casos não adianta somente o mentor listar com o mentorado uma lista de objetivos. É preciso que o mentor comece a usar sua expertise no assunto da mentoria para conduzir a discussão em torno dos objetivos e extrair o que realmente é necessário. É importante também atentar à escolha da técnica para que seja coerente com o perfil da pessoa. Não adianta bolar uma dinâmica super subjetiva para pessoas com o comportamento mais direto e formal ou algo direto com alguém que gosta muito de falar e se expor, por exemplo. Nosso papel como mentores é ajudar a gerar os "insights" certos do que pode ser feito, mas também de quais são os problemas certos a serem enderecados. Abaixo listo algumas técnicas que podemos usar para ajudar o mentorado a encontrar seus objetivos com mais clareza.

  • Mapeamento de estado atual vs. estado futuro: trazer a reflexão para o mentorado de onde ele reconhece que esta e refletir sobre onde gostaria de estar, quais as diferenças que encontra e como a mentoria poderia ajudá-lo com isso.

  • Encontre alguém referência: fazer com que o mentorado encontre uma referência e discutir o que o faz admirar aquela pessoa e o que gostaria de trazer para si no contexto da mentoria.

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Roda de Competências
  • Matriz CSD (certezas, suposições, dúvidas): mapear com o mentorado os seus principais desafios e pedir que ele os categorize como algo que sabe como resolver (C - certeza), precisa de algum auxílio para resolver (S - suposição) ou que não faz a menor ideia de como resolver (D - dúvida). Classifiquem juntos a partir de S e D o que acreditam poder ser endereçado via mentoria.

  • Roda de competências: pedir para que o mentorado se autoavalie na roda de competências com uma pontuação para cada quesito referente a onde esta atualmente e onde deveria estar.


#3 - Identifique em que você pode contribuir como mentor

Para cada objetivo listado, o mentor tem a missão de identificar como pode ajudar e esse será o seu foco nos próximos encontros. Nessa etapa, mais que em qualquer outra, os conhecimentos e experiências do mentor são essenciais para montar um plano de atuação. O principal objetivo é conseguir a cada encontro evoluir nos objetivos e trazer mais clareza para o mentorado. Para isso, o feedback do mentorado a cada encontro é essencial, caso não esteja avançando de acordo com a sua percepção, talvez o mentor tenha que rever o plano de atuação. Reforço aqui a importância de criar identificação e confiança mútua na primeira etapa, caso não tenham sido atingidas, há o risco das etapas seguintes serem rasas. O plano de atuação deve ser personalizado e aconselho fortemente que um encontro seja construído a partir do que foi concluído no anterior. Abaixo eu listo algumas técnicas que o mentor pode utilizar no seu plano de atuação:

  • Trazer experiências pessoais relacionadas ao tema discutido

  • Sugerir leituras, vídeos e conteúdos de estudo

  • Aplicar testes para autoconhecimento

  • Trazer pessoas da própria rede de relacionamentos para conversar com o mentorado

  • Simular situações (como entrevistas, conversas difíceis, etc)

  • Apresentar assuntos de interesse

  • Criar discussões e responder a dúvidas

  • Auxiliar nas tomadas de decisão

É importante que toda atividade e técnica proposta tenha relação direta com os objetivos. Além disso, o mentor precisa sempre atrelar sua atuação nos encontros a algo que o mentorado irá fazer com o que discutiu e concluiu.


#4 - Crie, acompanhe e motive seu mentorado no seu plano de atuação

Não adianta os encontros acontecerem e fora desses momentos o mentorado não fazer nada! A mentoria sozinha não garante que os objetivos serão alcançados! Nessa etapa construímos um plano para o mentorado no estilo:

"Com o que você tem aprendido e concluído dos nossos encontros, o que você vai fazer para alcançar os seus objetivos?"

Esse plano pode ser construído ao final de cada encontro ou ao final do trabalho em algum objetivo específico. O mentor até pode sugerir algumas atividades e metas, porém, aconselho que a definição do que vai ser feito venha do mentorado! O mentor deve instigar e validar a sua conexão com os objetivos. Não se esqueça de formalizar o que combinaram como plano de atuação para o mentorado. Uma forma bastante eficiente é utilizar a técnica SMART para definição de metas.

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A partir dos combinados e plano de atuação do mentorado, o mentor acompanha a sua execução, verifica se o que foi proposto realmente esta sendo eficaz e propõe ajustes caso necessário. Sempre de olho nos objetivos do mentorado!


#5 - Celebre as conquistas do seu mentorado e esteja disponível sempre que ele precisar

Chega um momento que a sua contribuição como mentor formal acaba. No último encontro com seu mentorado, reflita com ele o quanto ele conseguiu evoluir e se esta confiante para seguir avançando no seu plano. Embora os processos de mentoria no geral tenham prazo determinado, a relação é algo que tende a permanecer! Acompanhe, mesmo que de longe, os movimentos e avanços do seu mentorado e celebre sempre as suas conquistas! Esse é o maior sinal de que você conduziu bem o seu processo como mentor. Na foto abaixo tenho um momento especial com uma das minhas mentoradas mais queridas, que participou em um processo formal de 1 ano, mas que me acompanha até hoje como amiga! Não perca a oportunidade de se conectar, contribuir de forma genuína no desenvolvimento de alguém e deixar que essa pessoa também contribua no seu! Afinal, mentoria é um processo de troca e cumplicidade <3


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Du (meu esposo), Andressa (minha mentorada em 2019) e eu



 
 
 

Dwight D. Eisenhower foi general do exército americano e 34º presidente dos Estados Unidos, o que já são fatos bastante impressionantes. Porém, o que fez com que ele se destaca-se mesmo foi a sua famosa técnica de priorização conhecida como Matriz de Eisenhower ou matriz de gestão de tempo... e você já deve ter visto ela por aí!


Basicamente a técnica compreende uma matriz composta por dois eixos que medem URGÊNCIA e IMPORTÂNCIA. Cada demanda é avaliada em ambos estes critérios e o seu posicionamento nos quadrantes da matriz mostram a ordem de prioridade a ser seguida:



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  1. Quadrante URGENTE e IMPORTANTE: faça agora

  2. Quadrante NÃO URGENTE e IMPORTANTE: agende

  3. Quadrante URGENTE e NÃO IMPORTANTE: delegue

  4. Quadrante NÃO URGENTE e NÃO IMPORTANTE: elimine

O método criado por Eisenhower é simples e direto na hora de organizar as demandas e determinar ações claras para lidar com elas, o que se mostra eficaz para a maioria dos casos. Porém, para algumas realidades esta técnica tem uma fragilidade!


O que não te contaram


Quando seguimos por muito tempo à risca esta técnica, ou seja, priorizando as tarefas urgentes e importantes, corremos o risco de entrar no modo "bombeiro" e este primeiro quadrante virar o acúmulo de incêndios a serem apagados. A lógica por trás desse raciocínio é simples, se entrarmos nesse modo, acabamos não despendendo tempo suficiente resolvendo as demandas do segundo quadrante, que ainda não são urgentes, mas que também são importantes. Com o tempo essas demandas também passarão a ser urgentes e a sua lista de afazeres no primeiro quadrante ficará cada vez mais inflada! A situação se desenrolará como uma bola de neve e você, dia após dia, se tornará mais profissional como "bombeiro" empresarial.


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SOCORRO!!! Já vi isso antes!!!


É claro que tudo é questão de maturidade! Porém, se você esta na turma que corre esse risco... seguem algumas dicas:



1) Não faça agora todo o primeiro quadrante

Se organize e despenda tempo executando as tarefas do segundo quadrante que são mais importantes. Ou seja, priorize a importância daquilo que você esta executando.


2) Monitore a urgência das coisas

Se urgência no seu caso é questão de tempo, monitore os seus dead-lines e não deixe tudo para a última hora. Trabalhe nas suas atividades antes de elas ficarem urgentes.


3) Crie níveis intermediários de urgência e importância

Para evitar listas infladas nos quadrantes, amplie a sua matriz. Ao invés de ter só URGENTE e NÃO URGENTE, amplie para Urgência Alta, Média e Baixa e faça o mesmo para importância. Assim você terá mais quadrantes para desafogar a sua priorização e ajudá-lo a não entrar no modo "bombeiro".


Por fim, técnicas de priorização existem às pencas. O importante na hora de adotar qualquer uma delas é atrelar o resultado obtido na priorização aos seus objetivos. Se uma técnica não esta te ajudando a atingir os seus objetivos ou deixando você e seu time mais confusos, talvez ela não seja a mais adequada para a sua realidade.

 
 
 

Updated: Apr 12, 2021


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Poucas vezes (talvez nunca) eu imaginei estar presente no mesmo local e ouvir um pouco da perspectiva de alguém tão ilustre quanto o 44º Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama. Eu tive essa oportunidade hoje (30/05/2019) no Vtex Day aqui em São Paulo.


Foi uma lição de humildade, liderança e consciência, principalmente autoconsciência. Não pretendo escrever sobre ele aqui, mas sim sobre as impressões e impacto que teve a sua presença e o que ele disse.


Já no início da conversa ele fala de erro: "I failed a lot and I survived" (eu falhei muito e eu sobrevivi). A grandeza de ouvir algo positivo de um dos maiores líderes da atualidade sobre erro, é algo extremamente impactante. O cara foi presidente da maior potência do mundo e não se intimida em expor toda a sua vulnerabilidade. Inclusive, vulnerabilidade foi a maior virtude dele durante a palestra. Ele seguiu com ela ao longo das próximas perguntas, falando sobre como tem "blank spots" (espaços em branco) na sua percepção e que por isso precisa de outras pessoas, diferentes dele, para ajudá-lo a tomar as decisões e compor os cenários. Completou dizendo: "por isso sempre tenho mulheres nas mesas de discussão comigo". Falou da importância da diversidade! Falou que parte do êxito do seu país se deve às pessoas que vêm de fora e chegam até lá, diferentes. Por ele ser vulnerável, entende seus "gaps", acolhe nos outros as qualidades que lhe faltam e usa as diferenças a seu favor. Este não é um discurso vazio!


Logo mais, ele fala de oportunidades e de o quanto nós perdemos como sociedade por não as dar a todos. "Eu era igual a qualquer menino de 10 anos na favela com a essa idade, a diferença que me fez ser presidente, foi ter tido acesso à educação de excelência". Uma frase perfeitamente colocada no momento político e histórico que vivemos no Brasil hoje, onde alguém de fora, entende muito bem o que estamos passando e que, com toda a sutileza do mundo, deixa seu recado para quem quiser escutar. Quase no final do evento diz que sente orgulho de si e lembra que passou por 8 anos sem qualquer sugestão a ser preso. Difamou a corrupção, alegando que qualquer bem a mais que você venha a adquirir além daqueles que lhe permitam ter uma moradia, segurança, educação e saúde para seus filhos e momentos de lazer, não vão lhe trazer mais felicidade... felicidade não é sobre isso!


E para terminar o que mais me impactou, foi entender o que é liderança para ele. Um líder não precisa saber todas as respostas, como muitas pessoas acreditam ser, ele precisa ser aquele que sabe fazer as perguntas certas. Neste contexto, não há a necessidade de temer saber menos que alguém do seu time. Mais uma vez ele se mostra vulnerável. Nem sempre se é possível garantir tomar a decisão correta como líder, mas o que pode ser garantido é explorar todas as opções possíveis com as informações que se têm para que a melhor decisão possível seja seguida.


Depois de todos estes ensinamentos (e muitos outros, na verdade, pois aqui estou trazendo a minha perspectiva do que foi falado), fica fácil entender todo o magnetismo e carisma que envolve a figura do Obama. Ele fecha: "Continuem otimistas". Eu confesso que depois de hoje... eu fiquei mais otimista! Existe alguém assim que chegou ao poder! Para quantos mais nós precisamos abrir o caminho para gerar mudança?

Originalmente em 30 de Março de 2019.

 
 
 
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